quinta-feira, abril 29, 2004

(sem título)


Primeiro, o som oco do relógio.
Depois, a voz tonitruante dos outros.
Um não saber que escrever
(do cansaço)
e o poema fica
a repousar no pensamento.

domingo, abril 25, 2004

O meu coração é...





Pelos alunos da Escola nº2 da Lousã (1º D).





Pelos alunos da Escola de Levegadas (1º e 2º).





Pelos alunos da Escola nº 2 da Lousã (3º A).

E muitos mais aqui e aqui.
Quase me dá vontade de os pôr cá a todos...

...livre


Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".

Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.

Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

Somos Livres,
de Ermelinda Duarte

sexta-feira, abril 23, 2004

gRRRevolução




Olha que expressão tão adequada... Mas não, não falamos disso. Ou disso se fala também!

Feira de Edição Independente, organizada em parceria com a Galeria Zé dos Bois e a Família Alternativa no espaço da ZDB, participam mais de 30 grupos e associações.
Estão à venda, revistas, fanzines, serigrafias, pins, Cds, vinil, catálogos, e haverá ainda um espaço para consulta de revistas e fanzines.

Dias 23 24 de Abril (sexta e sábado), das 19h00 às 02h00 na Galeria Zé dos Bois.

A evolução


Tal como explicada às crianças.
Vamos todos aprender:



E até podes imprimir para colorir!


(O "R" do título aqui.)

Aqui Posto de Comando, escuto!

quarta-feira, abril 21, 2004

Às vezes...




...quase te ouço respirar.

(Acho o detalhe fabuloso. Cliquem na foto para ampliar.)

terça-feira, abril 20, 2004

Miss Otis, venha almoçar comigo a Reading



"Yet each man kills the thing he loves,
By each let this be heard,
Some do it with a bitter look,
Some with a flattering word,
The coward does it with a kiss,
The brave man with a sword!"

"For each man kills the thing he loves,
Yet each man does not die."

"He does not die a death of shame
On a day of dark disgrace,
Nor have a noose about his neck,
Nor a cloth upon his face,
Nor drop feet foremost through the floor
Into an empty space."


Oscar Wilde,
Ballad of Reading Gaol

Um dos mais belos hinos contra a pena de morte, escrito por Oscar Wilde na prisão de Reading.

Miss Otis lamenta...


...mas hoje não vem almoçar.

“When she woke up and found that her dream of love was gone, madam,
She ran to the man who had led her so far astray,
And from under her velvet gown,
She drew a gun and shot her love down, madam,
Miss Otis regrets, she's unable to lunch today.”


E fico a imaginar Miss Otis, a puxar da arma e em seco acabar com aquilo de uma só vez. Nem sinais de pena, apenas o cansaço. Sentir terminado um assunto, passar ao próximo.
E mandar avisar, aborrecida, que hoje não vem almoçar.

“When the mob came and got her and dragged her from the jail, madam,
They strung her upon the old willow across the way,
And the moment before she died,
She lifted up her lovely head and cried, madam...
Miss Otis regrets, she's unable to lunch today.”

Por detrás da face


Por vezes, quando olho para alguém, pergunto-me que tipo de pessoa está por detrás da face.
Aí surgem respostas, umas óbvias, outras nem tanto.
Às vezes, ainda, a resposta é uma pergunta:
- Desculpe, que foi que perguntou?

sábado, abril 17, 2004

Penélope


“Então, durante o dia, trabalhava numa grande teia; desfazia-a, porém, de noite, depois de ao seu lado ter acendido as luzes.”

HomeroOdisseia

Às vezes tenho medo do que tudo me possa ter feito.
Descobrir-me tecendo apenas para depois desfazer
Esperando
Uma luz que se acenda
O meu olhar por fim aberto
A Ítaca longínqua de somente a desejar.

sexta-feira, abril 16, 2004

Prece do Ateu


Nós que procuramos
sem que nos procurem a nós
também por vezes encontramos.

Descoberta


Eis como às vezes se descobrem saudades de amigos presentes.

quarta-feira, abril 14, 2004

Visões


Há pessoas cuja visão da realidade só pode ser completamente deturpada (ou não). O facto é que não posso deixar de me sentir fascinada por elas.
E já que estamos numa de BD...
Apresento-vos Pedro Zamith.



(cliquem nas imagens para ampliar - desde que depois voltem aqui, ok???)



Para não ser demasiado violento, o melhor é acabar com uma estorinha para crianças!




Repararam na perspectiva em que ele desenha os seres???
Gosh!! O que irá na cabeça de uma pessoa que desenha assim!!!
I just love it!

Já que não dá para apanhar sol mesmo, sempre posso ficar o dia todo a pasmar-me para coisas assim. Já dizia o outro, vá para fora cá dentro.
Com este grau de alucinação, quem é que precisa de mais viagens...

(Ok, eu preciso!)

O que me apetece fazer




by Richard Câmara

(Com este sol, se me apetecesse outra coisa é que eu achava estranho!)

terça-feira, abril 06, 2004

Normalidade


Mesmo assim é estranho
pensar
que quase tudo está a voltar ao normal.

Não sentir
o medo de pôr um pé no chão.
Vestir
a alma
quase do lado certo da costura.

Tão pura...




segunda-feira, abril 05, 2004

A Outra Voz torna-se blog de referência


Incrível, mas verdade. A Outra Voz tornou-se hoje num blog de referência. Após uma pesquisa no Google por “ACONTECIMENTOS QUE ATERRORIZARAM O MUNDO”, A Outra Voz aparece logo em segundo lugar.
Se não acredita, confirme aqui:
Pesquisa Google
Esperemos a todo o momento alcançar o primeiro classificado.
Em breve o rosto d’A Outra Voz surgirá como o ás de espadas num baralho de cartas perto de si! (Voucher também válido na troca de uma viagem, com tudo pago, à estância de férias de Guantanamo. Oferta acumulável com outras promoções ou descontos à data em vigor.)

domingo, abril 04, 2004

B Musical


«don't B sharp
don't B flat
just B natural»


POEZZ


"a Poesia em português adoptou os dois zz de jazz
ficou assim POEZZ
a editora Almedina em Coimbra
convencida ficou e irá editar
uma antologia de jazz na poesia em língua portuguesa
do princípio do século 20
ao princípio do século 21
lá estarão muitos e muitos poetas e poemas
portugueses africanos brasileiros
uma sensação uma alegria para todos
os das letras os das notas
quem sabia de tais afinidades e tais intimidades...
Manuel Bandeira
Almada Negreiros
Drummond de Andrade
Herberto Helder
Agostinho Neto (também com um inédito)
Fernando Assis Pacheco
José Craveirinha
Ana Haterly
Viriato da Cruz

Noémia de Sousa
Mário Dionísio
Artur Queiroz
Vasco Graça Moura
Natália Correia
Tolentino de Mendonça
Jorge de Sena
Eduardo Guerra Carneiro

e tantos tantos outros
quase uma centena de poetas



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